jose carlos lima  escreveu:

     Para que eu estivesse aqui o mundo deu tantas voltas

     Foram tantas as ciladas os disfarces da morte
     Nem sei comoporqueparaque tudo isso se naquele momento crucial nem importei-me em ter morrido
     Não por mim mas por meu pai divino celestial terreno
     Se não fosse por ele eu não estaria aqui
     Estaria ali próximo naquele cemitério há uns 100 metros daqui
     Meu corpo estaria decomposto
     Eu nem estaria encerrando, como faço agora, minha obra prima
     Uma obra que quase custou a minha vida
     Deixei de viajar de férias para este desenrolar final
     Para com as coisas fossem colocadas em pratos limpos
     Eu não poderia ficar com esta dúvida no ar
     Agora sei o risco que corri
     Foi como enfrentar o leão mais faminto do mundo
     Foi terrível
     Agora sei o quanto fui, do princípio ao fim, acessorado por forças celestiais
     Dias atrás, num sonho, vi a morte no interior de minha casa. Ela possuía mil olhos
A princípio mostrou-se oculta
Trajando uma roupa negra
O rosto oculto feito orixá
Em seguida tudo aquilo mudou
E vi que a morte, apesar das aparências, possuía mil olhos
Olhos em todo o corpo
Roupa constelação de olhos
Estrelas no céu
Seus olhos cintilavam feito brilhante
Ou céu estrelado
Ou vagalumes na escuridão da noite                   

                         A morte vem de várias formas, sempre disfarçada, como num outro sonho, em que ela veio disfarçada de faxineira, ou seja, de ajudante. Ela colocou suas mãos no meu plexo solar e, a partir dali, dominando-me, começou a me sufocar. A Lua morreu.
                         Noutro sonho, ocorrido há uns 10 anos atrás, a morte veio em forma de inofensivo pássaro anhuma negra com um espinho na testa. Este sonho, que  relato a seguir,  ocorreu no momento em que eu dormi no interior do Teatro Goiânia, há uns 10 anos. Marivone Caetano, spin cantora, humana, trajando um longo vestido negro com algumas estampas de flor, com a mão esquerda apoiada no quadril e a outra no joelho direito derreado pra frente e, olhando para o céu, cantava Caro Nome, de Verdi. Pela seqüência do show, depois de Caro Nome viria músicas da ópera O Guarani, de Carlos Gomes. Relatar isto agora tem a ver com a semelhança do fato ocorrido relatado nos fragmentos 66/70 e seguintes deste SPIN - I
                                                  
                                                Parte 1- visão
                         Área rural. Casebre.   Eu de cócara em frente a casa, assim meio vazio, sem nada pra fazer, a não ser escrever no chão.  A anhuma aproxima-se. Não tenho medo. Aproxima-se ainda mais. Penso tratar-se de um gesto amigo, de carinho. Permito a aproximação. Estabelece-se um elo de confiança entre eu e ele, aquele pássaro que, não sei de onde,  chegou de repente. Ele aproximou-se ainda mais, encostando suas penas no meu peitocoração. Não dei-me conta da situação. As penas começaram a entrar no meu coração. Pena se escreve penalançapontafacapunhal. Quando dei-me conta de mim eu estava sendo morto por ele. Aquele pássaro que eu não conhecia chegou feito pássaro e, na verdade, era a morte. Experimentei o que é inexistir. Devido as penas, o meu coração foi parando. Esquecimento total. Inexistência. Morri. Fui acordado por uma salva de palmas. Era a platéia aplaudindo a cantora que se apresentava no palco do Teatro Goiânia.

                                               Parte 2- forma
                 Construir imaginar um cenário espaço. Este espaço poético deve ser ocupado o elemento morte. Que tal uma encenação teatral? Não sei ao certo como seria dado visualidade poética à morte disfarçada de vida. Talvez uma exposição reunindo foto, vídeo, sons, textos, etc, em que o artista-personagem vivencia percebe a morte durante a vigíliadormência . Não sei ao certo. Por isso este momento forma fica assim, como que em branco, sem imagem, apenas com a obra imaginada.

                                               Parte 3- conhecimento

                                        Este momento, conhecimento, eu deveria  deixar em branco. Tenho que sair para ir ao médico. Devo escrever algo encerrando esta obra ou sair? Encerrar. Daqui pra frente é celebrar a vida. É  melhor morrer de tanto escrever do que  estrangulado pelo spin estrangulador Frederich W. Taylor, o nome a morte  disfarçada de vida, o fim disfarçado de começo.
              No entanto estou aqui. O mundo deu tantas voltas desde o começo de tudo, quando ainda não existia nenhum átomoquarkspinplanetasatélitegaláxia até hoje. Foi tudo tão estranho. Tudo sempre esteve por um triz. Graças ao Integral Perfeito, o criador de todas as coisas, estou vivo. A vida foi sendo traçadatramada  para que, neste momento, eu terminasse este SPIN que, por pouco, não parou no fragmento 65/70, como eu estava pressentido. Tirei férias não para descansar mas para tirar uma dúvida por todas o que era isso. Não me arrependo nem um pouco. Agora sim, depois de tudo passado, posso tirar férias, colocar meus pés na areia, exagerar, respirar outros ares. Agora sim, estou feliz, liberto daquilo que apenas estava no ar mas eu não sabia. Agora sei que a morte não virá pelas minhas próprias mãos mas pelas mãos de Deus, o integralperfeito
            Encerro SPIN-I com vontade de não encerrar. Gostaria de continuar.  Estou aqui. O mundo deu tantas voltas de lá até aqui. Dirão que digo coisa com coisa. Não me importo. Não tenho a obrigação de ser tão claro, tão óbvio. Gosto de dizer as coisas nas entrelinhas. De dizer e ouvir. O mundo não é para ser explicado, é para ser sentido. Não ao taylorismo, o nome da morte. Viva o não racionalismo de Ney Matogrosso.
        A vida esteve por um triz por tantas e tantas vezes mas, talvez por eu ter algum significado para alguém, talvez para meu pai terrenocelestial,  não morri. Agora, como por exemplo neste exato momento, já não estou, como antes, por aí. Estou aqui! Quando dei-me conta de mim, eu estava MMMV, Metade Morto Metade Vivo. Farei vários outros SP*in
Spin
Ponte
SP8IN
SP*IN


* P = todas as palavras começadas com P: poético, patológico, perceptível, planejado, pan-americano, pan-africano, pan-AZ ( pan + qualquer palavra), P-AZ,  paz, pan-sexual, pan-islâmico, pan-panteísta, pan-crístão, pan-demônio, sei lá, o significado da letra P, contido na sigla SPIN,  é infinito. Não há limite. Pode ser P seguido de números, símbolos, letras, olhos, seres. P-1, P-2, P-3, P-X, PX, PI. P de Pedro. P de Parede. Ouça a música “Jesus,”  na voz de Ney Matogrosso & Pedro Luis e a Parede, no CD ou DVD Vagabundo. Falando nisso, estou precisando viajar. Entrei de feiras mas fiquei por aí. Tudo bem, não me arrependo. Sabia que esta história, ou seja, este SPIN- I,  teria um desenrolar. Nada ocorreu à toa. O Integral Perfeito, o criador de todas as coisas, tramou tudo por todo este tempo. Tramou não contra mim mas sempre a meu favor. Por isso estou vivo. MMMV, Meio Morto Meio Vivo, uma vez que quando dei-me conta de mim, quando dei-me conta de aquilo não era amor mas ódio, que não era a vida mas a morte, eu já estava quase morto. Trago no corpo os sinais da morte. Quando sorrio diante do espelho noto que sou metadevivometademorto. Tenho um sobrinho, o Leandro. Ele é deficiente físico, visual e mental. A sua idade real  é 28 anos mas parece criança, ainda faz cocô na calça. Ele é tudo para a mãe dele. E vice-versa. Caso um deles morra, o que ficar talvez não suporte a ausência, tão forte é o elo entre os dois. Por isso encerro este SPIN com uma imagem. Trata-se de um quadro que, percebo agora, à minha frente, foi feito por ele. Trata-se de uma tela de 10x10 cm. Ele    desenhou com lápis grafite e depois pintou com estas tintas colas coloridas.   O menino Leandro  enxerga o    suficiente   p    ara identificar uma cor e gosta muito do amarelointegralpefeito


Grato,

José Carlos Lima
Fone:062-9999-8555

Neste *SP**IN*** vida transcorre conforme este calendário
Mês de Marte: 07/01 a 20/03. 73 dias (74 em ano bissexto)
Mês de Júpiter: 21/03 a 01/06. 73 dias
Mês de Saturno: 02/06 a 13/08. 73 dias
Mês de Urano: 14/08 a 25/10. 73 dias
Mês de Netuno: 26/10 a 06/01. 73 dias

Marque um x e envie-me
( )Não quero/posso acompanhar este SPIN
( )Substitua meu endereço de e-mail por este:.........
( )Acrescente à sua lista este e-mail de amigo(a):.......

* SPIN = Sistema Poético Informativo Nato ou Sistema Parabólico de Informações Nativas ou Sistema Patafísico Informático Náutico ou Sistema Paramédico de Informações Nativas ou Sistema Paranóico de Informações Natas, etc
**P = todas as letras, do A ao Z, do alfa ao ômega
*** IN = integralperfeitointerior

Yahoo! Messenger 6.0 - jogos, emoticons sonoros e muita diversão. Instale agora!


Grato,
Idéia=José Carlos Lima
E-mail: ideia70@yahoo.com.br

O que é isto? Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão, A História de Idéia. Idéia surge deste calendário: Júpiter ( 07/01 a 20/03), Saturno (21/03 a 01/06), Urano (02/06 a 13/08), Netuno (14/08 a 25/10) e Plutão (26/10 a 06/01). E cada mês é composto por 73 dias (74 no mês de Júpiter em ano bissexto) e, destes, 70 são dias vivos=diferente e, os demais, mortos=iguais. E Idéia=tempo=brisa=ponte=pontífice=fonte. Fonte de águas bordadas sob o mar. Objetivo de Idéia: restaurar o INRI, Instruções para a Nova Realidade de Idéia. Ritmo: esta obra deve ser lida sob o ritmo de uma ladainha. Para cessar ou para acompanhar através de outro e-mail, peça
________________________
SPIN: Sistema Poético Informativo Nato
Sinais de pontuação: =(igualdade) e #(diferença)
=Deus=Tupã#Idéia#Buda#João=Deus=Gorete#José#Joaquim#Alexadre Pereira#Arthur Leandro#Oxumaré=Deus=Iansã#Sônia#Joaquina=Deus=

Yahoo! Mail: agora com 1GB de espaço grátis. Abra sua conta!